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A startup mineira Atomic Agro, que funciona como uma espécie de rede social para pequenos e médios produtores agrícolas, receberá até março um aporte de R$ 2,5 milhões liderado pela gestora de investimentos Capital Lab.
A maior parte dos recursos já foi alocado e serviu para ampliar a equipe. A Atomic Agro conta hoje com 20 funcionários e 4 mil produtores cadastrados. Esses agricultores plantam soja em uma área de 1,5 milhão de hectares.
Por meio de um aplicativo, os produtores trocam informações sobre o passo a passo da safra (estágio de semeadura, colheita e produtividade), custos e eficiência de insumos e têm acesso às cotações das commodities na sua região. Na versão paga do app, também estão disponíveis referências de preços para negociações no mercado futuro.
No médio prazo, o objetivo é intermediar também, por meio da plataforma, concessões de crédito e vendas de insumos envolvendo operações de barter (troca de defensivos, sementes e fertilizantes por parte da safra).
A Atomic Agro foi fundada no fim de 2018 por Bruno Matozo, CEO da empresa, e Ricardo Giannini, diretor de operações. Segundo Matozo, o embrião do negócio foi sua empresa de pesquisas de mercado, ainda em funcionamento, chamada Grupo Vexi.
“Na Vexi, eu sempre me perguntava se as informações que coletávamos para grandes empresas retornavam para o produtor de alguma forma e, em conversa com eles, descobri que não. Isto foi o que me despertou a ideia de criar a Atomic Agro”, disse.
O banco de dados da Vexi integra os ativos da Atomic e teve papel fundamental no aporte feito pela Capital Lab, que avaliou a startup em R$ 10 milhões. Esse não é o primeiro aporte da Capital Lab em agtechs.
A gestora também investiu na Pink Farms, de produção de hortaliças em prédios.
Fonte: MilkPoint