CCGC Consórcio COOPERATIVO
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) assinou um novo acordo de parceria com o banco cooperativo holandês Rabobank com a intenção de ajudar as comunidades rurais a se beneficiarem de sistemas alimentares mais inclusivos e sustentáveis. A parceria também prevê a exploração conjunta do uso de instrumentos financeiros inovadores devido a lacunas de financiamento em mercados emergentes e a promoção da sustentabilidade nos investimentos em sistemas alimentares.
A FAO e o Rabobank trabalharão com os setores de alimentos e agricultura em uma série de projetos idealizados para:
Será dada atenção especial ao garantir a inclusão de grupos pobres, vulneráveis e marginalizados, incluindo mulheres e jovens.
A colaboração começará com uma revisão do setor de laticínios em dois países piloto, Índia e Quênia, com o objetivo de reduzir as perdas de alimentos no setor e promover uma transição para sistemas alimentares mais sustentáveis.
Os projetos realizados no contexto da parceria apoiarão a iniciativa Hand-in-Hand da FAO, que combina doadores e receptores a apoiar esforços sob medida, liderados por países, para ajudar as populações mais vulneráveis. O setor privado é um parceiro-chave da iniciativa e a FAO disse que o Rabobank está bem posicionado para ajudar na elaboração de tais intervenções.
"A nova parceria entre a FAO e o Rabobank servirá para apoiar nosso trabalho de transformação dos sistemas alimentares para que eles se tornem mais inclusivos e sustentáveis, especialmente dentro do contexto da covid-19", afirmou o diretor-geral da FAO, QU Dongyu.
“Em particular, o foco será na melhoria do uso da terra e da água, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa e a perda de alimentos, além de aumentar a resiliência dos produtores e empresas de pequena escala. Agradeço também o apoio do Rabobank à iniciativa de Hand-in-Hand da FAO, que visa, através de intervenções específicas conduzidas por países, ajudar as populações mais vulneráveis".
Berry Marttin, membro do conselho do Rabobank, disse que a covid-19 mostrou que os sistemas alimentares precisam de um 'novo normal'. "Precisamos identificar e analisar lacunas financeiras e debater cadeias de suprimentos curtas e longas. Devemos focar em maneiras inovadoras de recompensar os investimentos em sustentabilidade, como a implementação do 'custeio da natureza', uma estrutura de preços que reflete o impacto ambiental dos alimentos", afirmou Marttin. “O Rabobank é o banco líder em alimentos e agricultura, mas também um banco cooperativo. Acreditamos no trabalho em conjunto e - ao fazer a parceria com a FAO - podemos mobilizar nossa experiência e redes complementares para contribuir com transformações reais do sistema alimentar", completou ele.
A parceria também mapeará cadeias de suprimentos agrícolas para identificar oportunidades de hotspots de financiamento ecológico em mercados emergentes. Também, explorar a possibilidade de incentivos de programação de financiamento ambiental ou climático que recompensem os agricultores e as pequenas empresas do agronegócio por adotarem tecnologias e práticas de redução de emissões de GEE.
A FAO afirmou que defende sistemas alimentares sustentáveis que garantam segurança alimentar e nutrição a todos, sem comprometer as condições econômicas, sociais e ambientais necessárias para gerar segurança alimentar e nutrição para as gerações futuras. A organização acrescentou que os sistemas alimentares contribuem e são afetados por eventos climáticos extremos associados à mudança climática, degradação da terra e perda de biodiversidade; portanto, qualquer resposta a esses desafios requer uma abordagem baseada em sistemas que lide com a abrangência e as complexidades de maneira holística.
Fonte: milkpoint
