Notícias

Argentina: produção de leite segue crescendo e pressiona preços ao produtor

25/08/2020

A Direção Nacional de Lácteos da Argentina informou que, em julho, as fazendas leiteiras produziram 965,4 milhões de litros, o que significa um crescimento de 5% em relação a junho e de 8% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Desta forma, a produção acumulada desde o início do ano subiu 9%, o que permite inferir que 2020 encerraria com um crescimento da ordem de 7,5%, segundo especialistas do setor.

A má notícia para os produtores de leite é que no mês passado o preço pago pelo leite cru permaneceu estagnado, complicando a equação econômico-financeira do negócio.

Segundo as estatísticas oficiais, os laticínios lhes pagavam em média 18,33 pesos (US$ 0,24): uma variação de apenas 0,4% em relação a junho e de apenas 20% na comparação anual, números que não permitem nem para cobrir a metade da inflação acumulada.

Da mesma forma, esse preço equivale a cerca de 24 centavos de dólar, o que está longe do ponto de equilíbrio das fazendas leiteiras: a conta que os produtores fazem é que precisam de 30 centavos de dólar para que a atividade, pelo menos, não tenha perdas.

O problema neste contexto é que a maior oferta de leite chega a um mercado interno que está consumindo menos em decorrência da pandemia e da quarentena causadas pela Covid-19, e com um mercado externo desestimulado devido aos preços internacionais do leite, os produtos em pó (principal produto de exportação) caíram novamente no leilão quinzenal da Fonterra e no mercado futuro da Nova Zelândia.

Fonte: milkpoint