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Preço ao produtor cai no Uruguai em agosto

01/10/2020

preço do leite ao produtor, no mês passado, continuou caindo e complicando a equação econômica das fazendas leiteiras do Uruguai, segundo dados publicados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale).

Medido em moeda local, o produtor de leite recebeu 12,13 pesos o litro, valor que representa uma pequena queda de 1,4% em relação ao mês anterior. Por sua vez, medido em dólares, o preço foi de US$ 0,28 o litro, com perda de 1,6% em relação ao mês anterior. Já o preço do quilo dos sólidos, principais componentes do leite e pelos quais a indústria paga, foi cotado a ficou em 167,3 pesos (US$ 3,94) caindo apenas 0,5% em relação ao mês anterior, sempre de acordo com os dados divulgados pela Inale.

O clima está ajudando a pecuária leiteira, que está produzindo bem, contando mais com a forragem do que com concentrados. Até o mês passado, foram enviados à indústria 201 milhões de litros, volume que representa um aumento de 10,8% em relação ao mês anterior.

Por sua vez, comparando agosto de 2019 com o mesmo mês de 2020, houve um aumento na remissão de 5,8% e foram atingidos 1,269 bilhão de litros de leite.

Por outro lado, inspirado no Grupo Procarnes, o Instituto Nacional do Leite (Inale) formou o grupo de trabalho Proleche, com o objetivo de melhorar o acesso ao mercado de produtos lácteos uruguaios e solucionar alguns dos problemas enfrentados pelo setor. Ainda na cerimônia de encerramento da Expo Prado 2020, o Ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca, Carlos María Uriarte, fez esse anúncio. O grupo do Proleche é formado por representantes dos Ministérios das Relações Exteriores na diretoria do INALE e destaca que "as indústrias podem acessar e dizer: tenho interesse em entrar nesse mercado, tenho essas restrições tarifárias, tenho essas restrições sanitárias", disse o presidente da Inale, Álvaro Lapido, entrevistado no programa de rádio Rural Tiempo de Cambio.

Esse grupo já está formado, disse Lapido, e a indústria pode ir diretamente ao representante no conselho do Inale para encaminhar as propostas por meio daquele secretário de Estado.

Avançar no acesso a mercados, especificando redução de tarifas para lácteos exportados, e em questões sanitárias e de cotas é uma demanda da Câmara da Indústria de Laticínios, disse Lapido, e através deste grupo pretende-se trabalhar de forma mais ordenada nesse sentido.

O Uruguai tem potencial para produzir leite a baixo custo, mas sem descuidar da qualidade e segurança dos produtos.

Além do endividamento e das crises que o setor vive, o produtor está empenhado em manter a máquina de produção em funcionamento e os números preliminares do Dicose 2020 mostram uma recuperação de 8% no rebanho leiteiro. Segundo dados do Dicose 2019, o rebanho leiteiro uruguaio era de 767.342 cabeças, mas no ano seguinte cresceu para 829.588 cabeças.

Boa parte desse crescimento se dá pela categoria de novilhas e menor volume de exportação.

Fonte: milkpoint