A empresa Nordic Harvest está construindo em Copenhagen, na Dinamarca, a maior fazenda vertical da Europa com previsão de conclusão ainda em 2021. A unidade terá 7.000 m², 14 andares e produzirá até 1 mil toneladas de legumes e verduras por ano.
Unidade terá robótica, 20.000 luzes de LED e software inteligente para monitorar 5.000 sensores. (foto – Nordic Harvest)
Mas a iniciativa não se destaca apenas pelo tamanho. A instalação será equipada com robótica, agricultura hidropônica, 20.000 luzes de LED, software inteligente e outras tecnologias para monitorar digitalmente 5.000 sensores.
A fazenda vertical também funcionará inteiramente com energia eólica, reduzindo a pegada de carbono da produção.
A equipe da Nordic Harvest está colaborando com a YesHealth, uma empresa taiwanesa que já opera as duas maiores e mais eficientes fazendas verticais da Ásia.
Em parceria, eles começaram a construir a fazenda vertical em abril de 2020, e a primeira fase da construção já está concluída. A produção de legumes e verduras, inclusive, já começou com capacidade inicial de 200 toneladas anuais.
“Esta é uma etapa crucial de nossa expansão na Europa e está em linha com nosso plano de expansão global, que mapeamos cuidadosamente para os próximos anos. Até final de 2021, visamos chegar a 1 mil toneladas ao ano”, disse Jesper Hansen, CCO do YesHealth Group.
Fazenda vertical
As fazendas verticais podem ser uma indústria altamente disruptiva no futuro, potencialmente revolucionando a produção de alimentos. As principais vantagens são a produção durante todo o ano; não interferência de condições meteorológicas adversas; aproveitamento do espaço; uso mínimo de água; zero pesticidas; e custos de transporte reduzidos.
O rendimento das safras com agricultura vertical também é muito superior ao das fazendas tradicionais até mesmo para grãos. Um estudo recente descobriu que o trigo cultivado em uma fazenda vertical, em teoria, ter um rendimento entre 220 e 600 vezes maior do que os métodos atuais.
A agricultura vertical, no entanto, tem grandes custos iniciais de capital e uma série de desafios técnicos envolvendo iluminação artificial, automação e processos de irrigação.
“Nossa equipe trabalhou incansavelmente nos últimos oito meses para tornar esse modelo uma realidade economicamente viável. É uma experiência valiosa que levaremos adiante em projetos futuros”, disse a gerente do projeto YesHealth, Stella Tsai.
Fonte: agevolution