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Produtores de leite do Estado enfrentam dificuldades em meio à pandemia

25/05/2021

Apesar de Pernambuco ser o segundo no ranking da produção de leite do Nordeste, os produtores estão enfrentando diversas dificuldades durante a pandemia da Covid-19. Com a alta dos preços dos grãos como a soja e o milho, que servem de ração animal para as vacas e com a diminuição do valor do leite, a bacia leiteira do Estado passa por uma crise que não tem expectativa de melhora.

Em Pernambuco, 60 mil produtores são responsáveis pela produção de aproximadamente 2.3 milhões de litros de leite por dia. No Estado, 27 municípios pernambucanos integram a bacia leiteira, em maioria no Agreste Meridional e no Sertão do Araripe, onde são produzidos queijos como o coalho, manteiga e muçarela, além de manteiga e doce de leite. Já o rebanho bovino é de 2,1 milhões, com 67 estabelecimentos lácteos registrados, sendo uma granja leiteira, nove usinas de beneficiamento de leite, 15 fábricas de laticínios e 42 queijarias artesanais, além de outras 74 em processo de formalização.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Produtores de leite de Pernambuco (Sinproleite), Saulo Malta, os custos da produção leiteira aumentam todos os dias, enquanto as indústrias não compram o suficiente para suprir as necessidades dos produtores.

“A situação da bacia leiteira está semelhante com a agricultura, com alto custo da produção, devido ao aumento dos grãos como a soja e o milho, que tiveram um aumento de mais de 100%. Além disso, nesses últimos 60 dias, o produtor de leite teve uma redução de, em média, 30 centavos no litro do leite. Os custos de produção aumentaram e a gente recebeu em média 30 centavos por litro de leite a menos da indústria. Nossos custos todos os dias aumentam e em algumas regiões a chuva ainda não chegou. Esperamos a contrapartida da indústria, para que ela compre mais em Pernambuco e não precise sair pra comprar leite em outros estados, porque temos produção suficiente para vender”, explica Saulo Malta.

Fonte: folhape